«(…) O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração.» I Samuel 16:7
Quando olhamos para algo ou alguma situação, tecemos comentários, fazemos julgamentos. É tão normal dizermos, eu penso isto, é a minha opinião e sem dúvida que todos têm direito à sua. Prevemos cenários, suspeitamos. Há ainda o preconceito.
Os nossos olhos traem-nos, por vezes. «Nem tudo o que reluz é ouro», já escutámos a frase, decerto.
Se cogitarmos um pouco, encontraremos situações para comprovar tal afirmação. Na Riviera Maya, existe um parque temático que ilustra esta ideia. Xenses. Lá existe uma rua que mexe com os nossos sentidos, denomina-se ‘Vilarejo’.
Os olhos dizem que a rua é a subir, mas na verdade estamos a descer.
O estilo das construções dão-nos uma ilusão ótica e desafiam a nossa gravidade.
Ao percorrermos a rua e entrar nas casas, parece que caminhamos tortos ou que bebemos alguma coisa alcoólica, antes.
Na verdade, já tive oportunidade de ter essas sensações. O mais incrível foi quando cheguei à rua, nem sequer conseguia estar de pé. Depois de algum tempo, lá fui a subir a rua (na realidade a descer), cambaleando, de braços semiabertos para ter mais equilíbrio.
O versículo inicial remete-nos para o íntimo de nós. Deus olha para o âmago. E é ao cerne das questões que devemos ir.
«A beleza de vocês não deve estar nos enfeites exteriores, como cabelos trançados e joias de ouro ou roupas finas. Ao contrário, esteja no ser interior, que não perece, beleza demonstrada num espírito dócil e tranquilo, o que é de grande valor para Deus.» 1 Pedro 3:3-4
O nosso ser interior, sim, devemos tê-lo em contra, trabalhá-lo. Cuidar do nosso coração. Olhar para o coração de outros. Agir em sinceridade. Sabemos que ao sentirmos a hipocrisia nos revolta. Porque a verdade, ainda que custe, é sempre a melhor escolha.
Que o nosso coração nos diga a verdade.
Que os nossos olhos deixem a vaidade, a aparência.
Porque hoje todos nos deparamos com a beleza existente nas redes sociais, nos sorrisos, no brilho, mas a vida tem episódios tristes. As aflições aparecem por ciclos. E estando tristes, cuidemos do nosso interior.
Depois de uma noite escura, o sol chega sorridente. A vida tem trabalho e não só show. Ainda que necessitemos de ócio, de tempo alegre, de amizades e de uma boa comida.
Que os nossos olhos não se enganem!
Sugestão de música: (417) Colbie Caillat – Try (Official Video) – YouTube
2 opiniões sobre “Aparências”
Gostei imenso Andrea Ramos
Muito obrigada, Paula. Pode ler outros textos e poemas no blog. Abraço