Esperava-te todos os dias. E tu chegavas e nem sequer me olhavas.
Lembrava-me sempre daquele banco. Solitário, à chuva, frio e vento, ao calor abrasador… ali permanecia, calado, sem gemer.
E mais um dia e outro tu nem fazias ideia do que eu sentia. Nem sequer te aproximavas do banco. Talvez ele te segredasse o que todos já sabiam, menos tu!
«Demasiado ocupado!» – dizias.
(A pressa era quem te oprimia!) Ofuscado certo dia, sentaste-te no banco, tal era a arritmia.
Percebeste então que amar não fazia mal.
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