Evellis Magazine – Mãe, para que te quero?

Mae pra que te quero

Mãe, figura de relevância na vida de uma criança.

Mães colorem a vida dos filhos.

Ser mãe tem dias fáceis e os dias difíceis.

Mas quem o é de verdade decerto concordará comigo, é algo extraordinário. Deus deu à mulher a possibilidade de gerar um ser. É o milagre da vida a acontecer! 

Sabemos que hoje há uma panóplia de dinâmicas familiares e que o papel da mãe se tem desvanecido ao longo do tempo, alterando-se também de cultura para cultura. Devido à emancipação da mulher e às exigências económicas do lar, esta tem vindo a deixar o seu papel primordial na educação dos filhos.

No contacto próximo de estudantes, pude perceber o quanto crianças e jovens carecem do amor dos seus pais! 

Ter uma mãe é ter um castelo de ouro.

Digo-o na primeira pessoa. Perdi a minha aos três meses e apenas posso visualizar o seu rosto numa fotografia. Não sei como era o seu olhar, não pude sentir o seu colo, nem escutar a sua voz.

Certa vez alertei jovens sobre o facto de valorizarem as suas mães, de as escutarem. (Um mandamento de Deus com promessa para ter mais dias de vida na terra, êxodo 20:12/ Efésios 6:2).

Costuma dizer-se que só damos o real valor a algo quando não o temos. Por vários anos chorei com saudade de quem não conheci. No entanto, outras pessoas estiveram e estão perto de mim cumprindo essa função, a quem muito agradeço.

Acredito que há mães não biológicas que superam as demais. Mães de coração aberto a aceitar um filho, ser reservas. Obrigada Mães! (Vocês aprenderam com Deus!) Deus é quem nos ama incondicionalmente, mesmo sendo nós pecadores. 

E porquê um castelo de ouro? Um dos sinónimos de mãe é rainha. Um ser protetor, detentor de uma sensibilidade refinada para ajudar as pequenas criaturas a sair do reinado para viverem mil aventuras… Sejamos as rainhas dos nossos príncipes! 

Os filhos são uma bênção de Deus, a Sua herança (Salmos 127:3). São-nos emprestados durante um tempo para cuidar, amar, estimar, ensinar e apoiar. Deixemos Deus edificar o nosso castelo, o esforço não será em vão. «Então, na juventude, os nossos filhos serão como plantas viçosas; as nossas filhas, como colunas esculpidas para ornar um palácio.» Salmos 144:12

Atentemos para os versículos 4 a 7 de 1ª de Coríntios, no capítulo 13. Podemos conscientizar a descrição do amor divino, o qual se aplica e, porque não (?) ao amor de uma mãe? Assim, o amor das mães deve ser paciente e bondoso. (Sendo hoje o ritmo de vida stressante, há que por vezes parar para refletir se estamos a ser pacientes e bondosas para com os nossos filhos).

Não possui inveja de outras mães e não se deve envaidecer, batendo no peito, crendo que é a melhor mãe do mundo. (A cada instante todas podemos ser melhores mães!).

Este amor remete-nos para o amor excelente, aquele que não maltrata, que não procura o seu próprio interesse (uma ideia de serviço constante aos outros, afinal temos o exemplo de Jesus em Marcos 10:45). Este é o amor autêntico, que não «se ira facilmente» e «não guarda rancor». Este amor alegra-se com a verdade, onde a mentira não tem lugar. É um amor justo que não tem prazer na injustiça.


Se cada mãe percebesse a imensidão deste amor, possivelmente sofreria menos, deixaria as superstições, não esperaria a troca do que dá e teria uma bagagem tal que estaria pronta para os ataques ao seu castelo. («Tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta»).

Mãe, como está hoje o seu castelo?

Texto publicado na Evellis Magazine Portugal na Rubrica Floresco em maio de 2017, pág 92

Assinatura-Andrea-Ramos

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