Lançar os dados, para quê? A tua vida é assim tal sorte, vida que é morte, é vazio obscuro sem fé no futuro.
Lançar os dados para obter destino, certo prazer; é dinheiro, não é certeiro.
Fazer pontaria, querer acertar sem errar mas, o mais certo é falhar.
Sem certezas, cem angústias e muitas mais, tu és dos tais?
Julgas estar a norte e o sul distante ficar; de rastos num instante e insistes em os dados lançar!
O nervosismo à margem, só perdição, a subida da tensão. A música aplicada à desgraça, loucura, desvario que passa, esperança falida que perpassa.
Adivinhas sem querer o fundo negro, o que já não é segredo.
Coração zonzo pelo desaire, tonto, bate forte, sensação, apelo frio, rouquidão.
É bebida, é fusão, é vício que te leva ao hospício ou à prisão.
Insensato…se é essa a tua porção, o teu pote da razão, esvazia-o e crê não na sorte mas no Altíssimo que põe à tua mercê a Salvação.
- «O SENHOR é a porção da minha herança e do meu cálice; tu sustentas a minha sorte.» Salmos 16:5
Foto: Aliko Sunawang