Sou pequena, sim
Aliás, não sou nada
(reduzo-me a pó)
O meu Deus é grande
O contraste nada iguala
Sem Ele eu pereço
É claro, nada mereço!
Sua infinita misericórdia
Seu imenso amor e perdão
Já abrange todo o meu coração.
Poderei ao mais alto cume subir
A minha boca abrir
Para ao mundo inteiro falar
Deste Deus excelso, sublime
Minha vontade é gritar
Mesmo que o grito pouco se escute
Aos ouvidos de Deus
Eu quero chegar
Fui no mais alto cruzeiro
Para todo o mar avistar
A vista era boa
Mas nem por isso chegava…
Eu queria escrever nas ondas…
Foi então que parei
Numa ilha deserta
Talvez eu só conseguisse dizer
O meu Rei vive!
Mas o mundo não ouviu
O silêncio pairou…
Voei numa nuvem
Que a tempestade me entregou
Estava cada vez mais alta
Gritei uma vez mais
Sou filha do Rei!
Com a chuva caí
Bem em cima de um telhado
Segredei ao passarinho
Para espalhar a notícia
Mas cansada fiquei
E fui dormitar…
De súbito acordei
E fui num foguetão
(Como? eu nem sei!)
Na lua aterrei
De peito cheio gritei:
O meu Deus dá a Salvação!
Toda a terra escutou?
Eu estava com dúvidas
Bradei uma vez mais:
Jesus morreu na Cruz
E nos dá o seu perdão!
As estrelas estremeceram
E cintilaram fortemente
Numa apanhei boleia
Era uma estrela cadente!
A uma quinta fui parar
Desconhecia o lugar
Havia gado, muito gado
E ali defronte a mim
Estava estagnado
Realmente admirado
Pela minha figura, assim…
Boa ocasião, pensei…
A uma cabana subi
Os meus braços abri
E bem alto apregoei:
O Senhor ama a todos!
Dito isto, caí
Mas não me magoei
Pela palha escorreguei
Foi então que me apercebi
Que o eco estava acordado
E repetia sem parar
A todos, todos, todos…
Até não mais se escutar
Caminhei, caminhei
Os pés cansados estavam
Com frio fiquei
Ao Pólo norte cheguei.
O frio era tanto
Quase não respirava
Escrevi na neve tão branca
Só Deus é quem salva!
Já não sabia como dali sair
Num submarino eu fui
E deixei rasto por ali
Com bolhinhas de ar
Deus é amor escrevi
Voltei à cidade
Tanto barulho à minha volta!
Na mais alta torre coloquei
Um outdoor gigante
Deus salva o pecador
Que segue caminho errante.
Da cidade fui à planície,
Da planície à selva
Da selva à savana
Da savana à floresta
Aos animais cochichei
O Rei dos reis nos ama!
Apanhei boleia do vento
E corri sem parar
O fôlego escasseava
Mas mesmo assim eu não parava….
O desejo era tanto
De espalhar a Boa Nova
Que corri até ao centro da terra
O calor era muito
Nem sei como eu aguentava
Foi então que com o dedo escrevi:
Numa cruz padeceu
Jesus Cristo, Redentor
O Seu sangue verteu
Era sangue inocente
Foi um sinal de amor
Morreu por toda a gente
Levou pecados e dor
Agora vive no céu
E há-de vir buscar
Quem crer e guardar
A Palavra do Senhor
Uma brasa incendiou
E o texto iluminou
Mas ainda assim não chegou
Era mesmo preciso
Que todos os povos soubessem
Que Deus é bondoso
Grandioso, majestoso
Foi então que resolvi
Os joelhos dobrar
E pus-me a orar
A oração tem poder
E pode montanhas mover!
De repente acordei
E do sonho despertei
E com este sentimento fiquei
Era preciso falar aos outros
Acerca do poder de Deus
Porque senão…
Resta-lhes viver no pecado
Em vez de seguir o caminho da felicidade
Buscam em vão e não sabem a onde ir
Não os deixemos na perdição cair!
Cabe-nos a nós….
A mensagem de Cristo divulgar!
«Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.» Salmos 115:1
2011. (Poema inspirado em Salmos 115:1). Foto: Pixabay