Era noite, tardava
E o silêncio se fazia sentir
Eu por escrever ansiava
E isso de dormir me impedia
De facto pensei e até meditei
Que melhor seria não hesitar
Era hora de descansar
Mas…não mais podia esperar
O talento enterrar, não queria
E cada palavra emergia
Do – SENHOR- falar, pretendia
Começava a fervilhar
Foi de repente que pensei
Que seria deste modo
Em jeito de poema
Simples, melodioso
A inspiração aos poucos surgia
Estava difícil de aguentar
A noite que subia
E eu já não conseguia parar
A caneta pulava
Em meus dedos nervosos
Em riscos sinuosos
Aguçava cada palavra
De amor eu queria falar
Do amor excelso, bondoso
Daquele que é real
Do Todo-poderoso
Obrigado meu Jesus
Por tão grande compaixão
Cruz pesada, sofrida
Ali me deste remissão
Em minhas veias fazes passar
Sangue que vibra por te amar
Sangue quente, sopro divino
Sangue que me concede a vida
Sabes Senhor, não sou perfeita
Te agradeço o perdão
Minha vida testifica da tua Salvação
A beleza, o fulgor – emanavam
De teus braços estendidos
De mansidão transpiravam
Despertavam meus sentidos
Tua presença é paz
É doce mel, é prazer
É brisa que satisfaz
Que preenche meu ser
Senhor – a tua escolha – agradeço
Do mundo me tiraste
Sem ti eu pereço
Jesus – me transformaste
E nada eu mereço
Já era tarde ademais
Teria de acabar
Serão vespertino
(não seria demais
as palavras esgotar!)
Para em grande terminar
Palavras excelsas rebuscava
Meu pensamento trabalhava
Só para Te agradar
Foi então que decidi
Deitar p’ra descansar
A ternura que senti
Quero sempre experimentar
Assim…
Dedico-te com emoção
Letras tão singelas
(Aceita com devoção)
Podes enfim recebê-las!
Foto: Pixabay