De agrafador no peito vivia donzela Maria.
Guardara até aquele dia o amor bem agrafado.
De tão apertado que estava o peito, Maria tossia, tossia. A tosse era seca parecia um elefante na savana ao calor abrasador, deitado.
Já cansada e desesperada arrancou os agrafos, furiosa.
Findara aquele amor. Sangrou de dor o peito. A tosse terminou.
E agora Maria – a donzela vive no jardim de noite e de dia e lá figura o seu lírio predileto.
Foto: Polina Chistyakova – Histórias em 77 palavras, Desafio nº 89, Publicado no Blogue 77 Palavras