Não, não te vejo assim
Como vício, (unicamente exercício)
Gosto de escrever porque sim
Brinco com as palavras
Elas prezam-me a mim
Flores são encanto, sim
Emerjo em felicidade, enfim
(Sem motivo evidente
Se devem presentear
E não na inquietação frequente
Quando o clima só dá pra chorar)
O sol de Portugal, excelente
É beleza inaudita
Nos castelos, imponente
Na costa, o céu pintado, poente
Meu país é grande em cultura
(Observo-o – pesarosa minha figura)
Abriu mão de tantos valores
Errante, já não os segura
Saudade é novelo no peito
Nas entranhas enrolado
Saudade não é fraqueza mas preceito
De um povo esforçado
A família…sublime projeto de Deus
Uma essência valiosa
Que banhada em amor se torna ditosa
A arte é apanágio, sei
Vejo-a rebuscada num quadro abstrato
Criatividade plasmada, único retrato
O sustento reconheço
Um lar prazeroso
Fontes de água em clima faustoso
Ao meu Criador enalteço
Cozinha-se a amizade
Porque não?
Com bons ingredientes ela se compõe
A sinceridade se impõe
(Paladar apetitoso)
A verdade nutre o coração
Que manjar delicioso!
Óculos de sol, fundamentais
Fotos e tantas outras coisas mais…
Foto: Andrea Ramos