A sua imaginação era frutuosa. Deleitava-se a observar. Reservava-se ao seu eu. Ninguém lhe conhecia o dom. Desenhava em cadernos e escondia-os no roupeiro.
Os seus pais, cada um no seu vazio mundo. Faziam-lhe crer que o mundo era deserto.
Chorava silenciosamente. Não conseguia compreender. Negou-se a aceitar e voltou a desenhar:
A mãe e o pai abraçados, sentados num sofá macio de cor púrpura, onde uma rã se atrevia a coaxar uma bela história de amor.
Histórias em 77 palavras. Publicado no blogue 77 palavras. Desafio Nº 199. Foto: internet