Sentada na rua ao frio. Desesperada, ali fiquei, destapada de amor. Não esperava nada, nada me aguardava e, eu, sem querer, ali estava.
O meu gélido corpo iludia os transeuntes, fotografavam a estátua!
Podia vir o vento quente de leste, que não me aquecia.
Não nasci de sangue azul, não me lamentava. Vermelho, isso sim, vermelho vivo teimava em pintar a caixa de cartão debaixo dos meus pés.
E sempre que a chuva jorrava, desenhava um coração.
2017. DESAFIO ESCRITIVA Nº3 – escrita criativa (Em 77 palavras) Publicado no Blogue 77 palavras. Foto: Puwadon Sang-ngern