Quando penso na educação, penso na família.
Quando penso no ensino escolar, penso nos alunos.
Quando penso nos alunos, penso nos professores. Estes, por sua vez têm filhos e pais, alguns a necessitar de assistência.
As comunidades escolares estão imersas em burocracia. Quando escuto professores, percebo a carga. Li o comentário no outro dia, um desabafo de uma professora que no último lugar das tarefas estavam as aulas.
Na verdade, o ensino em Portugal continua muito teórico. Como seria se a partir do 5º ano houvessem pequenos estágios? Talvez não houvesse tanta indecisão para escolha da área a seguir.
Para os alunos, é definido agora o perfil do aluno à saída da escolaridade obrigatória.
Quando penso em perfil, lembra-me uma silhueta e como somos todos diferentes. E pergunto-me porque há que haver um perfil único. Se um aluno é pró em Português, porque o tem que ser em matemática? Se é em educação física, o que não tem qualquer flexibilidade não será penalizado? E os alunos que são excelentes em arte e não tanto noutras disciplinas?
Quando penso nos pais, estes tendo que trabalhar para o sustento, quase não sobra tempo para os filhos. Alguns destes, enquanto pequenos, ainda trazem uma carga de trabalhos de casa. São banhos para tomar, jantar para fazer, tarefas, enfim.
Penso nas turmas cheias de alunos. Nem todos vão participar, há os calados que ora são penalizados porque não têm espirito crítico, ora bem cotados pelo seu bom comportamento. Como é que um docente pode atender a todos bem? E se houver alunos com necessidades educativas?
O mundo não é perfeito. A escola também não. Podia ser melhor? Podia. Os professores terem menos alunos, haver mais funcionários, boa alimentação nos refeitórios, os alunos não passarem os intervalos colados aos telemóveis, haver prevenção de comportamentos ligados a dependências, promover o espírito de amizade, o respeito (os quais devem vir desde a educação no lar?).
Os alunos serem tidos em conta quanto aos seus talentos e suas aspirações. Generalizo, sei. Mas muito mais haveria para dizer, é só uma opinião.
Foto: internet – Publicado no site Assoc. Família Conservadora