
A felicidade mora onde?
(Inquietude da vida!)
Que pergunta descabida!
De quando em vez se esconde…
Vive na casa ao lado!
Ladeada por rosas e jasmim.
(respondiam-me sem mérito assim)
Bati à sua porta, desejosa de tal estado
(embora já a tenha encontrado)
Felicidade é realidade que importa
De ninguém, exclusiva, enfim
Plasmado na ombreira da porta:
«Alma sincera não desespera
Mas espera e ama de verdade
Porque a felicidade gosta de almas assim»
Atendeu-me em serenidade
Sentei-me… ela olhou para mim
– Prefiro a lealdade, sim
Sou amiga do amor in(esgotável)
Causo sensação inexplicável.
(Meu coração nervoso, saltitante)
Ela de voz suave, dizia segura, constante
– A indiferença não faz parte de mim!
O meu espírito rebelava-se
Em sólida convicção
Que a felicidade nasce no íntimo do coração
De almas despidas de crueldade
De quem a procura deveras, sem fim
Digo-o sem exagero, sem receio
Nela não há pós de perlimpimpim
Deu-me um chi-coração,
Despedi-me impressionada
O tempo que perdi, aprendi uma lição
Que a felicidade é real
Não fruto da imaginação!
Felicidade é bela, precursora
Do bem-estar, encantadora
É rosa adorada no meio do jardim.
É para todos, pra ti e para mim.
Foto: internet